
O Colégio Quintal da Vila é a segunda escola certificada pela Rede PEA-UNESCO na cidade de Sorocaba e a primeira especializada em crianças de 0 a 6 anos.
O Programa das Escolas Associadas (PEA) é o braço da UNESCO nas escolas de educação básica de todo o mundo.
Criada em 1953, a Rede PEA une 11 mil escolas de 181 países em torno de princípios difundidos pela UNESCO, entre eles o de construir a cultura da paz, promover a educação para o desenvolvimento sustentável e formar gerações conscientes de seu papel como protagonistas de uma cidadania global.
Uma escola associada da UNESCO se caracteriza como um laboratório de ideias, que promove novas abordagens de ensino e aprendizagem baseadas nos valores e prioridades da UNESCO, enfatiza os quatro pilares da educação: Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Ser e, acima de tudo, Aprender a Viver Juntos.
O Colégio Quintal da Vila
Uma Casa ou uma Escola?
Ao nos reportarmos à etimologia da palavra escola, que em Grego (Skcholé) quer dizer “Tempo Livre”.
Uma Casa onde as crianças não brincam de brincar, brincam de verdade como dizia o poeta Mário Quintana.
“Mas não será fácil ser criança… Há ilimitadas coisas para suspeitar e muitas para adivinhar. As cores trocam de nuances, as nuvens se movem sempre, os sons trocam de tons, o dia se faz noite, as estrelas dormem com a luz do sol, as chuvas caem do nada, a curiosidade pela língua dos animais, o trajeto incontrolável do
Marcelo Lopes da Ponte deu declaração em audiência pública na Câmara. Denúncias de atuação de pastores levaram à queda do ministro da Educação em março. Marcelo Lopes da Ponte, presidente do FNDE, durante audiência em comissão da Câmara dos Deputados nesta quarta (25) Reprodução/TV Câmara O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, afirmou nesta quarta-feira (25) que "nunca" sofreu influência de pastores de ou de quaisquer outras pessoas na gestão do órgão. Ponte deu a declaração ao participar de uma audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Ele foi chamado a dar explicações sobre denúncias de que pastores intermediavam a liberação de recursos no Ministério da Educação por meio do FNDE. Em audiência no Senado, em abril, Ponte já havia relatado ter encontrado os pastores em quatro ocasiões. Nesta quarta (25), citou novamente esses encontros, mas afirmou que não houve influência dos pastores em suas decisões e reiterou que não os autorizou a usar seu nome em negociações. "Quero deixar claro que nunca recebi influência de pastor ou de qualquer pessoa. Nosso trabalho é eminentemente técnico", afirmou Ponte aos deputados. "Nesses atendimentos em que houve a presença de pastores, quero esclarecer ainda que eles nunca viajaram conosco na aeronave da FAB ou nas comitivas de aviões comerciais e que nunca arcamos com qualquer despesa relacionadas a eles", acrescentou o presidente do FNDE. Em 22 de março, se tornou conhecida uma gravação na qual o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, dizia a prefeitos que, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, repassava verba a municípios indicados por pastores. Após a gravação ter se tornado conhecida, Ribeiro disse que Bolsonaro não pediu atendimento preferencial a pastores. O episódio gerou uma crise política e levou à demissão de Milton Ribeiro (relembre no vídeo mais abaixo). Ao Senado, prefeitos denunciaram a suposta atuação dos pastores Arilton Moura e Gilmar Silva. O g1 não localizou Arilton Moura quando o Senado ouviu os prefeitos; Gilmar Silva negou envolvimento em irregularidades. Nesta quarta, aos deputados, o presidente do FNDE disse que "sempre" atendeu às pessoas que o procuraram. "Minhas agendas são públicas e estão divulgadas no site do FNDE. Independente do partido político sempre atendi a todas as pessoas que me procuraram nesses quase dois anos de gestão, sejam prefeitos, secretários municipais de educação, deputados, senadores, governadores entre outros”, declarou Ponte. Denúncias de corrupção no MEC derrubam Milton Ribeiro 'Onde há fumaça, há fogo' Ainda durante a audiência desta quarta-feira, Marcelo Lopes da Ponte disse ter levado suspeitas de irregularidades na atuação dos pastores ao então ministro Milton Ribeiro e ao secretário-executivo da pasta, Victor Godoy, atual ministro, em agosto de 2021. O presidente do FNDE afirmou que, após voltar de uma viagem a Nova Odessa (SP), ouviu "conversas tortas" e levou imediatamente as suspeitas aos gestores, embora não tivesse provas. "Não recebi, não me foi oferecido valores, mas onde há fumaça há fogo e eu achei por bem, falei: 'Ministro, queria que o senhor tomasse uma providência', e ele, ainda em agosto do ano passado, mandou esse relato à CGU", disse. "Eu fui ouvido, prestei os esclarecimentos necessários e, nesse próprio depoimento, eu coloquei meu sigilo fiscal, bancário e telefônico à disposição das autoridades. Não tinha porque ter medo, não fiz nada errado”, declarou Ponte. TCU manda governo suspender compra de kits de robótica Kits de robótica Na audiência desta quarta-feira na Câmara, o presidente do FNDE também negou irregularidades na compra de kits de robótica para escolas em Alagoas e Pernambuco. O jornal "Folha de S.Paulo" revelou indícios de irregularidades na destinação de R$ 26 milhões, pelo Ministério da Educação e pelo FNDE, para aquisição de kits de robótica por municípios de Alagoas, no valor individual de R$ 14 mil. Somados a outros dois municípios pernambucanos, as compras chegaram a R$ 31 milhões. Após a publicação da reportagem, o ministro Walton Alencar Rodrigues, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou ao governo federal que suspendesse os contratos. Os repasses foram feitos por meio das emendas de relator, conhecidas como "orçamento secreto" pela falta de transparência. As emendas de relator são uma modalidade de repasses considerada mais difícil de ser fiscalizada e com critérios menos claros de aplicação. "Todos os kits que foram liberados foram por critérios técnicos. As emendas de relator são públicas e estão disponibilizadas no site da CMO. Tudo o que foi pago, foi pago após os municípios licitarem, apresentarem os contratos de licitações, as notas fiscais, dentro dos preços cadastrados", afirmou Ponte aos deputados. Podcast Ouça o episódio do podcast O Assunto sobre "O esquema dos pastores no MEC":
PEC chegou a constar na pauta desta terça-feira (24) da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), que é a primeira fase de tramitação, mas não foi debatida devido a ausência do relator. Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Luciney Araújo/TV Gazeta A Administração Central da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) divulgou um texto em que manifesta repúdio ao projeto que prevê o fim da gratuidade nas instituições públicas de ensino superior. Entenda o que diz o texto que propõe cobrar mensalidade em universidades públicas A proposta de emenda à Constituição (PEC) chegou a constar na pauta desta terça-feira (24) da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), que é a primeira fase de tramitação, mas não foi debatida devido a ausência do relator, deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil). Cabe colegiado analisar apenas questões técnicas. Isto é, se o texto fere algum princípio constitucional para autorizar ou não a sua tramitação. De autoria do deputado federal General Peternelli (União Brasil), a PEC tem parecer favorável pela sua tramitação do relator. O texto divulgado pela Ufes, assinado pelo reitor Paulo Vargas e pelo vice-reitor Roney Pignaton, diz que "mesmo ressalvando da cobrança de mensalidades os estudantes de menor renda", o projeto "é um grande retrocesso e se coloca na direção contrária da universalização do ensino superior, quesito em que o Brasil está bem distante de outros países da América do Sul e do mundo". "A gratuidade da educação pública no Brasil tem sido um fator de qualificação de sua população, permitindo formação científica e humanística de alto nível, acesso à graduação, à pós-graduação, à pesquisa e à extensão, bem como aos programas de ciência e tecnologia, gerando de oportunidades para inúmeros jovens e ascensão social numa sociedade marcada pelas desigualdades sociais e de renda. A universidade pública e gratuita, que também deve se caracterizar pela qualidade e pela inclusão, é um meio de promoção do direito à educação, previsto no artigo 205 da Constituição Federal", diz parte do comunicado. Segundo a Administração Central da Ufes, os aspectos estruturais e as "questões conjunturais de um país que registra uma inflação ascendente, com uma população com perda acentuada de emprego e renda e em processo de precarização das condições de vida" já seriam suficientes para "preservar e fortalecer esse instrumento tão importante de promoção da cidadania que é a universidade pública e gratuita". "Conclamamos nossos senadores e senadora, deputados e deputadas a se perfilarem em favor da permanência da gratuidade nas universidades públicas brasileiras e defenderem esse patrimônio que é de todos, contribuindo também para continuar assegurando o financiamento estatal que essas instituições tanto necessitam para continuarem prestando seus serviços com qualidade", diz outro trecho do texto. Entenda a PEC que propõe que universidades públicas cobrem mensalidade PEC 206 Durante a sessão desta terça, foi aprovado por unanimidade um requerimento para realizar uma audiência pública para discutir o assunto antes da votação pela tramitação da pauta. A audiência ainda não tem data para acontecer. Se aprovada na CCJ, a proposta será, então, encaminhada para uma comissão especial, ainda a ser criada, que terá a responsabilidade de discutir o mérito. Depois, a PEC precisará ainda de duas votações no plenário da Câmara antes de seguir para o Senado. Os argumentos de quem defende O General Peternelli, autor da proposição, disse que a PEC não causa prejuízo à educação pública, já que só quem possui condição financeira de pagar as mensalidades arcará com a cobrança e os que não puderem pagar "continuarão usufruindo da gratuidade". "A gratuidade generalizada, que não considera a renda, gera distorções gravíssimas, fazendo com que os estudantes ricos – que obviamente tiveram uma formação mais sólida na educação básica – ocupem as vagas disponíveis no vestibular em detrimento da população mais carente, justamente a que mais precisa da formação superior, para mudar sua história de vida", escreveu ele na proposta. O relator Kim Kataguiri também defendeu o texto em uma rede social, onde afirmou que o dinheiro público deveria ser investido nos mais pobres. "A educação brasileira não pode continuar sendo uma máquina de desigualdade social (tirando dos pobres e dando pros ricos). Precisamos investir na educação básica e ampliar o acesso dos pobres na universidade", disse. Os argumentos de quem critica Um dos partidos que fazem oposição à proposta, o PSB a considera polêmica e que possivelmente agrava o problema no ensino superior brasileiro. O partido alertou para o risco de redução de investimento público nas universidades federais, além da falta de critérios específicos que determinem o público alvo da cobrança e como ela seria feita. "A Constituição Federal tem por princípio a gratuidade do ensino público como instrumento de promoção social, de desenvolvimento humano e científico do país. Criar subgrupos nas universidades, dos alunos que podem pagar e dos alunos que não podem pagar, irá criar 'castas' nas universidades, enfraquecendo os estudantes quando da busca por melhores condições de ensino, por exemplo", defendeu o partido em nota. O PSOL também critica o projeto por entender que pode dificultar o acesso de estudantes com menos poder aquisitivo ao ensino superior público, bem como reforça a ideia de que os gastos com educação superior pública são supérfluos. "O projeto ignora a ampliação de cotas sociais e raciais para o ensino superior, ignora a discussão de políticas públicas a fim de viabilizar a matrícula e permanência de estudantes provenientes das classes sociais mais vulneráveis, buscando apenas criar embaraços para o regular funcionamento das instituições de ensino públicas como, justamente, órgãos públicos", disse. Projeto quer mensalidade em universidades públicas VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
Deputado autor da proposta de emenda à Constituição que institui cobranças diz que acesso às instituições é desigual entre ricos e pobres e que gratuidade será mantida para quem não puder pagar. Especialistas afirmam que desigualdade tem sido reduzida com cotas e que mensalidades podem ser nova barreira de acesso aos mais pobres e levar a cortes de recursos no futuro. PEC que institui mensalidades está em debate na Câmara Getty Images, via BBC Um projeto de emenda à Constituição Federal (PEC) reacendeu o debate sobre a possibilidade de cobrança de mensalidades em universidades públicas brasileiras. A PEC 206 foi apresentada pelo deputado federal General Peternelli (União-SP) e estava na pauta de terça-feira (24) da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, onde poderia ser votada. Mas foi retirada de última hora, porque o relator do projeto, o deputado Kim Kataguiri (União-SP), está de licença médica. Kataguiri se manifestou a favor da proposta em seu relatório. Mesmo sem a PEC na pauta, integrantes de movimentos sociais ocuparam o plenário da comissão enquanto deputados do PT, PSOL, PCdoB e PSD usaram suas falas para criticar a medida e acusaram de ser uma tentativa de privatizar o ensino superior público do país. O deputado Peternelli também falou na sessão e justificou sua proposta. "Quem paga mais imposto é o pobre, é a classe assalariada, e quem paga a universidade pública? É o dinheiro público. Essa pessoa humilde pagou para financiar o curso de Medicina do cara que vai estudar com carro Mercedes. É inconcebível termos uma oportunidade de dividirmos recursos e não querermos nem ouvir a proposta." Ao fim do debate, foi aprovada a realização de uma audiência pública sobre a PEC antes que ela seja votada. Ainda não há data para a audiência. À BBC News Brasil, Peternelli negou que sua proposta busque privatizar as universidades públicas e disse que o objetivo é corrigir distorções do ensino superior e obter mais recursos para melhorar as instituições. No entanto, especialistas ouvidos pela reportagem dizem que a medida não resolverá a desigualdade social nas universidades públicas, pode dificultar o acesso de pessoas mais pobres a estes cursos e abre caminho para que o financiamento das instituições seja reduzido no futuro. O que diz o projeto? A PEC 206 faz referência um relatório do Banco Mundial de 2017 que recomendou o fim de gratuidade nas universidades públicas do país e a um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que apontou em 2018 que, em 20 de 29 países estudados, havia cobranças em universidades públicas. O projeto afirma que, no Brasil, "a maioria dos estudantes dessas universidades acaba sendo oriunda de escolas particulares e poderiam pagar a mensalidade". "O gasto público nessas universidades é desigual e favorece os mais ricos", diz o texto da PEC. "A gratuidade generalizada, que não considera a renda, gera distorções gravíssimas, fazendo com que os estudantes ricos - que obviamente tiveram uma formação mais sólida na educação básica - ocupem as vagas disponíveis no vestibular em detrimento da população mais carente, justamente a que mais precisa da formação superior, para mudar sua história de vida. General Peternelli: 'É justo que os mais humildes paguem a faculdade dos mais ricos?' Agência Brasil A proposta estabelece que a Constituição passaria a prever que "as instituições públicas de ensino superior devem cobrar mensalidades, cujos recursos devem ser geridos para o próprio custeio, garantindo-se a gratuidade àqueles que não tiverem recursos suficientes, mediante comissão de avaliação da própria instituição e respeitados os valores mínimo e máximo definidos pelo órgão ministerial do Poder Executivo". O texto da PEC traz como sugestão que o valor máximo da mensalidade seja o equivalente a 50% do preço médio cobrado pelos cursos particulares dentro de uma determinada região. Mas seu autor afirma que os reitores teriam autonomia para determinar os valores e critérios usados para cobrar as mensalidades. De acordo com Peternelli, a comissão que avaliaria a condição econômica de cada estudante seria formada por alunos, professores e assistentes sociais. Seria então tomada a decisão sobre a concessão de bolsas, que variariam entre 30% e 100% do valor da mensalidade, para os alunos mais pobres. "Quem pode paga, quem não pode não paga", diz Peternelli. "Acho isso natural. É justo que os mais humildes paguem a faculdade dos mais ricos?" O relator da proposta reforçou esse argumento em nota enviada à imprensa, ao dizer que os mais pobres são "reféns de escolas públicas subfinanciadas e pagam pela universidade pública frequentada, em regra, por pessoas com renda superior". Kim Kataguiri reafirmou ainda que a PEC prevê que a gratuidade será garantida a quem não tiver condições financeiras suficientes e negou, assim como Peternelli, que a medida seja uma privatização da universidade pública. O autor da PEC afirma que o texto institui mensalidades, mas não altera outros elementos básicos de uma instituição desse tipo. "Não tem nada a ver. A universidade privada tem o componente do lucro, não depende de concurso público para contratar professor, o reitor é escolhido pelo dono e não pela coletividade", diz Peternelli. "Esse dinheiro vai ser investido em ciência, pesquisa e tecnologia, vai ser tudo revertido para melhorar as condições das universidades públicas." O que dizem os especialistas? No entanto, a posição de Peternelli não se reflete nas opiniões de especialistas ouvidos pela reportagem. Cláudia Costim, diretora do Centro de Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), diz não ser contra a cobrança de mensalidades, especialmente na pós-graduação, e afirma que esse assunto poderia ser revisitado no futuro. Mas o considera inoportuno agora, em meio à crise que o país atravessa, por ser uma proposta "absolutamente desvinculada de qualquer tipo de solução para os problemas emergenciais e estrurais da educação no país". Para além do momento imediato, Costim avalia que a cobrança de mensalidades poderia se tornar uma nova barreira de acesso para estudantes de baixa renda. "O efeito disso, ao meu ver, seria o aprofundamento da crise do ensino superior, porque estaríamos correndo o risco de cobrar de quem não pode pagar ou de endividar famílias que teriam que contrair empréstimos", diz. Outra consequência a médio prazo poderia ser uma redução dos recursos públicos destinados às universidades. "É verdade que há países que cobram mensalidades em universidades públicas, mas em nenhum deles é a principal fonte de financiamento", explica Costim. "Corremos o risco, ao fantasiar que vai ter financiamento importante por meio de mensalidades, de os governos se desvencilharem do seu papel de financiar as universidades, porque sofrem pressão de cortar gastos, e os investimentos em Educação e Ciência não geram resultado no curto prazo e são mais difíceis do político capitalizar." Embora o autor da PEC afirme que a cobrança de mensalidades seria um recurso extra e não levaria a cortes de orçamento, Costim afirma que "não dá para colocar na Constituição que não vai ter cortes". "Seria muito fácil no futuro alguém dizer que a universidade tem outras fontes de financiamento e cortar". Renato Janine Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), afirma que a argumentação apresentada pela PEC 206 para a cobrança de mensalidades está "desatualizada". Projeto na Câmara reacendeu o debate sobre a possibilidade de cobrança de mensalidades em universidades públicas brasileiras Getty Images, via BBC "A ideia de cobrar poderia fazer sentido no passado, mas não faz mais porque a Lei de Cotas mudou o perfil da universidade. Não é mais verdade que não tem negros e pobres, porque hoje metade das vagas são reservadas a quem vem de escola pública", afirma Ribeiro, que foi ministro da Educação no governo de Dilma Rousseff. Uma pesquisa de 2019 aponta que, hoje, 70,2% dos estudantes das universidades federais é de baixa renda. O levantamento da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) apontou que esses estudantes têm uma renda familiar mensal de até 1,5 salário mínimo per capita. Ribeiro considera ainda que seria difícil instaurar um sistema de avaliação capaz de dar conta da complexidade das diferentes situações econômicas dos estudantes. "Imagina uma pessoa de 25 anos que mora com os pais, qual renda vai ser levada em consideração: a dela ou da família? E se uma pessoa de 18 anos é independente e mora sozinha? E uma pessoa de 40 anos que mora com o pai e recebe uma mesada?", afirma. "Sem falar que vai ser preciso criar todo um sistema burocrático para colocar tudo isso em prática e obter um ganho muito pequeno. Não vale a pena." Ribeiro defende que uma forma melhor de obter mais recursos para o ensino superior seria cobrar mais imposto de renda de quem é mais rico e passar a tributar lucros e dividendos distribuídos por empresas, por exemplo. "A solução está na tributação e não em transformar a educação em mercadoria", diz o presidente da SBPC. Compromisso Renato Janine Ribeiro diz ainda ter escrito para o General Peternelli para cobrar um compromisso assumido por escrito com a SBPC de que, em sua atuação parlamentar, defenderia o ensino público superior gratuito. "A PEC viola esse compromisso. Talvez o deputado tenha se esquecido que o assumiu." Peternelli diz que não rompe com esse compromisso, porque está garantindo a gratuidade do ensino superior a quem precisa na PEC. "Estamos contribuindo com a universidade para que ela tenham melhores condições de ensino e pesquisa e que propicie ensino de qualidade a quem não pode pagar", diz o deputado. Peternelli acredita que a polêmica em torno da proposta é despropositada. "Não entendo por que essa repercussão toda. Estou simplesmente defendendo um posto de vista. Eu, por exemplo, tenho um filho que estudou na UnB [Universidade de Brasília]. Eu posso pagar, então, eu pago esse dinheiro. Isso faz parte dessa ideia de quem tem mais recursos paga." Peternelli explica que seu filho desistiu do curso de Arquitetura na UnB para cursar Educação Física em uma universidade privada. Questionado se ter um filho que estudou em uma universidade pública não contraria de certa forma a essência de sua proposta, Peternelli responde que não. "Aí você estaria tirando minha liberdade. Eu matriculo meu filho onde ele tem direito, onde for necessário. Tem que colocar um filho nas melhores instituições. Não é porque pode pagar que não vai colocar lá", diz o deputado. "Você está desvirtuando, não leve por esse lado. Leve pelo lado bom."
Há chances para quem deseja entrar no mercado de trabalho, além de escolas voltadas exclusivamente para mulheres e pessoas negras, com o objetivo de promover a diversidade na TI. Formandas do Reprograma em 2019: projeto dá aulas para mulheres de baixa renda Josiane Santiago/Arquivo pessoal O mercado de trabalho para desenvolvedores não para de crescer. Interessados em investir nessa carreira e que não têm meios de pagar por um curso, pode se candidatar tanto para uma bolsa gratuita. O g1 reuniu algumas opções; veja abaixo. Entre as opções, há algumas voltadas para mulheres e outras para pessoas negras, com o objetivo de promover a diversidade na TI. Também é válido buscar informações em órgãos como as secretarias de educação de prefeituras e governos estaduais sobre bolsas e programas de capacitação. GUIA DA CARREIRA EM TI: profissões, salários, por onde começar e como se desenvolver em tecnologia SALÁRIOS EM TI: veja quanto paga cada carreira na área, segundo consultoria Plataformas e projetos gratuitos +1 Code O projeto tem como objetivo transformar jovens de periferia em programadores por meio de cursos gratuitos. Os interessados podem fazer um cadastro e passam por uma entrevista. As aulas são semanais e promete um professor exclusivo por aluno. Os treinamentos duram seis meses. Site: https://mais1code.com.br/ Coursera O Coursera conta com uma série de cursos gratuitos preparados por universidades e empresas. Há cursos tanto instituições como USP, Unicamp e ITA quanto de empresas como Cisco, Intel e Microsoft, entre várias outras. As aulas são gravadas e, via de regra, os conteúdos são legendados. Além de materiais para assistir e ler, os alunos precisam realizar testes ao final de cada lição. Cursos: para quem se interessa por programação, a plataforma oferece conteúdo de Python, Java, PHP, lógica de programação e desenvolvimento de apps para celulares, por exemplo. Há ainda conteúdo focado em certificações para gerenciamento de dados, segurança da informação, gestão de infraestrutura em nuvem e outras áreas aquecidas da TI. Site: https://www.coursera.org/ Generation Brasil Generation é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2014 pela consultoria McKinsey que oferece cursos gratuitos de curta duração (até 3 meses) para pessoas entre 18 e 30 anos que não estejam empregadas. Há turmas abertas para desenvolvimento web, mobile e na plataforma .NET. Site: https://brazil.generation.org/ Khan Academy Assim como o Coursera, o site oferece vários cursos em diferentes níveis sobre linguagens como HTML, CSS, SQL e JavaScript. Há ainda cursos com noções básicas de lógica e conteúdo de matemática, português, ciências e história, para quem precisa reforçar os conhecimentos do ensino fundamental e médio. Site: https://pt.khanacademy.org Programadores do Amanhã O projeto pretende capacitar jovens negros para atuarem no mercado de tecnologia. Os cursos são totalmente online e ensinam como desenvolver sites e programas. Os estudantes ainda recebem aulas de inglês e de metodologias ágeis. Cada jovem possui um mentor, responsável por acompanhar o aprendizado e ajudar com a inserção no mercado. Estudantes de qualquer escola pública do Brasil podem se candidatar para as 50 vagas do curso. Site: https://programadoresdoamanha.org/ Reprograma Iniciativa voltada para mulheres que não têm recursos ou oportunidades para aprender a programar, a Reprograma oferece um curso online, livre e gratuito de tecnologia para meninas de 14 a 18 anos. As interessadas passam por um mês de oficinas e 400 são selecionadas para o curso sobre tecnologia, que envolve desde conhecimentos de desenvolvimento de produtos digitais até aulas de marketing. Site: https://www.reprograma.com.br/ Santander Becas O programa de bolsas do Santander oferece oportunidades de formar talentos em desenvolvimento de software, que podem ser contratados pelo próprio banco. Uma das ofertas disponíveis é o Santander Bootcamp 2022: programa online gratuito para quem deseja aprender programação para web ou mobile. São 50.000 bolsas para todo o Brasil. Site: https://www.becas-santander.com/pt_br/index.html Soul Bilíngue A ONG Soul Bilíngue oferece bolsas de estudo internacional, imersão na língua inglesa, mentorias e acolhimento emocional para jovens de baixa renda. Em um formato gamificado, os selecionados para o programa ficam imersos durante seis meses em atividades diversas envolvendo o inglês com aulas semanais e mentorias com estrangeiros e brasileiros proficientes no idioma. Os alunos mais comprometidos e assíduos ganham bolsas de estudo de inglês no exterior. Site: https://www.soulbilingue.com/ GANHAR EM DÓLAR OU EM EURO: as lições de quem tem carreira internacional; CARREIRA EM TI: por onde começar a buscar o primeiro emprego. Cursos pagos Alura A plataforma de aulas online oferece 1.200 cursos divididos pelas principais carreiras em tecnologia. Cada curso requer um projeto final de formação e dá direito a um certificado e o estudante pode completá-lo no próprio ritmo. As aulas são gravadas em vídeo e o aluno pode tirar dúvidas em um fórum. Cursos: programação, front-end, ciência de dados, devops (infraestrutura de redes, computação em nuvem, internet das coisas), design, desenvolvimento mobile e gestão. Preço: por R$ 1.020 à vista ou em 12 vezes de R$ 85 no pacote Premium. Há uma versão Pro, que custa R$ 1.440 à vista ou pode ser parcelada em 12 vezes de R$ 120 e inclui aulas de inglês. Site: https://www.alura.com.br/ Awari A escola tem cursos com aulas online e uma plataforma de acompanhamento individual dos alunos. No pacote de assinatura anual, os estudantes têm direito a agendar mentorias com profissionais de empresas como Itaú, Loft, Nubank, Vivo, Magazine Luiza, dentre outros. Por conta do formato ao vivo, as aulas têm horários fixos. Cursos: design, ciência de dados, programação e gestão de produtos. Preço: assinatura anual custa R$ 3.200 e pode ser parcelada em 12 vezes de R$ 267. Ela dá acesso aos cursos de forma ilimitada. Site: https://awari.com.br/ Digital House A escola oferece aulas ao vivo, com 2 professores (um generalista e um assistente) e cada turma tem até 50 pessoas. Para conseguir o certificado, os alunos precisam realizar atividades práticas e entregar um projeto ao final do curso, além de manter 90% de presença. Um departamento de carreiras faz a ponte entre os estudantes e vagas no mercado de trabalho. A escola diz que tem 97% Cursos: ciência de dados, análise de dados, experiência do usuário (UX), desenvolvimento web, marketing digital. Preço: o valor varia de acordo com o horário das aulas e duração do curso. Um curso de desenvolvimento para a web, de cinco meses, por exemplo, custa a partir de R$ 8.768 (para o horário da manhã) e pode ser parcelado em até 12 vezes. A escola também oferece bolsas e opções de financiamento estudantil para pagamento de cursos em até 36 vezes. Site: https://www.digitalhouse.com/ Eu Programo (PrograMaria) O curso online da startup PrograMaria tem como objetivo guiar mulheres durante os primeiros passos no mundo da programação. Dividido em seis módulos, tem duração de 4 semanas. Os conteúdos abordados são as linguagens HTML, CSS e JavaScript, além de Lógica de Programação. Curso: introdução à programação (desenvolvedor web). Preço: a partir de R$ 74,20. Com o valor mínimo é possível acessar o curso completo durante o período de quatro semanas a partir do início da turma. Há ainda duas faixas de preço: R$ 104,90, no pacote “Ideal”, e R$ 149,90, no pacote “Ajude outra mulher”. Em ambos, o valor excedente é direcionado para uma bolsa para quem não tem condições de pagar por ele. Site: https://www.programaria.org/curso-online-euprogramo/ Sirius A edtech oferece um estilo de curso que promete acelerar a carreira de seus alunos. Com formato intensivo e duração de 6 meses, as aulas são online e focam na prática. A ideia é que o aluno possa construir um portfólio de projetos para facilitar sua entrada no mercado. Cursos: desenvolvimento web e ciência de dados. Preço: R$ 22.000 à vista. O valor pode ser parcelados em até 24 vezes com juros. A escola oferece bolsas de até 100% para estudantes e, no caso de alunos de baixa renda, há a chance de aplicar para recebimento de um auxílio financeiro. Site: https://www.sirius.education/ APRENDER A PROGRAMAR AOS 50: as histórias de quem trocou outras áreas pela TI Como decidir? O presidente da Associação Brasileira de Startups e fundador da edtech Sirius, Felipe Matos, indica uma lista de temas e perguntas que ajudam no processo de decisão por uma escola online. Conteúdo dos cursos: em geral, as escolas publicam uma lista de tópicos que são abordados durante as aulas. Verifique se os temas estão alinhados com o que você precisa saber para entrar no mercado. Por exemplo, esses conhecimentos são cobrados em entrevistas e testes para as vagas desejadas? Formato: antes de investir, fique atento se o curso é apenas playlist de vídeos e textos, se eles oferecem experiências de aprendizado no seu próprio tempo ou têm aulas ao vivo. E fique atento para identificar se o curso possui apenas teoria ou reserva tempo para projetos e exercícios práticos? Comunidade: o curso promove algum tipo de troca e interação com os outros alunos, seja por meio de um fórum ou grupo em aplicativo ou rede social? A escola promove algum evento ou oferece a possibilidade de mentoria com profissionais do mercado? Parcerias e empregos: a escola oferece parcerias com empresas para desenvolvimento de conteúdo ou ações de relacionamento? Existe algum tipo de apoio para o aluno conseguir emprego? "Uma boa dica é sempre falar com outras pessoas que passaram pelo curso para entender mais sobre ele e se é para você", comenta Matos. Qual linguagem escolher? A resposta é depende do seu objetivo. Existem mais de 700 linguagens de programação, o que pode confundir a cabeça de quem se interessa pela área. Para quem tem interesse por escrever códigos de computação, a dica é focar no básico. Ou seja, entenda como funciona a lógica de programação, como criar funções e variáveis que são as instruções que o programador dá para o computador realizar. Em seguida, pesquise qual a linguagem mais usada na área desejada. Por exemplo, os interessados em ciência de dados precisam de conhecimentos em linguagens como Python, Linguagem R, SAS e Java. Já um desenvolvedor front-end vai se focar mais em HTML e CSS. Segundo o Github, que é uma espécie de rede social para programadores, as linguagens mais populares entre os programadores brasileiros em 2021 foram: Javascript; Sass CSS; Blade; Linguagem de configuração HashiCorp; Elixir; Typescript; Kotlin; Go; Lua; Python. Vídeo: 5 dicas para dar os primeiros passos profissionais na área de TI 5 dicas para começar na carreira de TI
Data: 11/11/2017
Nosso primeiro Quintal de troca de brinquedos, teve como objetivo gerar uma reflexão sobre o consumismo e possibilitar que a criança dê um novo significado para os seus próprios brinquedos.Data: 11/11/2017
A teoria sem a prática vira 'verbalismo', assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade. (Paulo Freire)